"O pensamento não se consagra a menos que resista às tendências".
– Eugen Rosenstock-Huessy

Livro: À Sombra da Modernidade: ensaios sobre os antimodernos (pré-venda)

Endossos

Num mundo cada vez mais polarizado entre fações cada vez mais opostas e ao mesmo tempo mais perdidas na superficialidade dos seus argumentos (produto da omnipresença das redes sociais e da redução de conhecimento que acarretam), este livro oferece uma reflexão profunda sobre o caminho que nos levou até aos tempos catastróficos em que vivemos. O grande trunfo deste livro é, não só a recuperação e apresentação de pensadores não apenas negligenciados como talvez mal-interpretados (Eugen Rosenstock-Huessy, Georges Gusdorf, Augusto Del Noce, J.G. Hamann, Abraham Kuyper, Leonardo Castellani, Guillaume Groen van Prinsterer), mas principalmente a tentativa de reformulação do movimento antimoderno à luz destes mesmos autores. Um olhar que vai para além das divisões intelectuais hodiernas e que procura uma nova forma de pensar o mundo, um olhar que procura coordenadas intelectuais com as quais se possa resistir ao avanço inexorável do mundo moderno, que caminha sem dúvida para o abismo. Este livro, ainda que bem diferente e distante dos fundamentos intelectuais do autor destas linhas, apresenta um diagnóstico certeiro e, mais importante ainda, é uma chamada para o diálogo entre supostos polos opostos e para a inquirição constante do mundo moderno. Um livro necessário para todos aqueles que, olhando com preocupação para o mundo moderno e, evocando Blake, não se deixem amansar pelas vorazes nuvens do mundo e continuem, justos, o seu caminho.

Dr. Ricardo Rato Rodrigues - Professor Assistente em Estudos Portugueses da Universidade Marie Curie-Sklodowska (UMCS) em Lublin, Polônia

Um livro que traz ensaios sobre autores tão diversos e pouco examinados nos debates intelectuais brasileiros, como Eugen Rosenstock-Huessy, Augusto Del Noce, Abraham Kuyper, Leonardo Castellani e Guillaume Groen van Prinsterer, entre tantos outros que aqui são tratados, já seria algo a celebrar nestas Terras de Santa Cruz, sempre muito afeitas aos modismos culturais; no entanto, algo que me faz celebrar com ainda mais alegria a iniciativa do professor e pesquisador Fabrício Tavares de Moraes, neste À sombra da modernidade: ensaios sobre antimodernos, é ver a união entre a capacidade de leitura, a qualidade da estilística e a sagacidade em explicitar os paradoxos da modernidade e dos que lhe são resistentes. Acompanhar estes primorosos ensaios sobre a modernidade a partir da discussão, como nos lembra o autor, com seus filhos legítimos, nos ajuda também a compreender melhor o tempo presente que igualmente “parece invencible”. Desfrutar da densidade elegante de cada um dos ensaios consiste somente em ganho extra que temos deste significativo livro que temos nas mãos.

Elton Moreira Quadros - Professor adjunto da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Fruto de uma pesquisa extensa e erudita, cuja base contempla uma plêiade de autores seminais ao tema em questão, À sombra da modernidade: Ensaio sobre antimodernos é um trabalho de envergadura. Apresentados por meio de uma prosa equilibrada, que une a austeridade institucional do empreendimento acadêmico à criatividade estilística da escrita literária, os questionamentos e as conclusões de Fabrício Tavares de Moraes, sempre rigorosos, convidam-nos a percorrer um itinerário filosófico que abrange, com profundidade, cada uma das principais dimensões da existência humana. Nenhuma escapa do crivo do autor. Ao lermos À sombra da modernidade, temos certeza de que tanto o livro quanto o Fabrício Tavares de Moraes vieram para ficar.

Miguel Forlin - Professor e crítico de cinema

Trata-se de uma coletânea de ensaios que podem ser lidos aleatoriamente. Não obstante, existe um fio condutor para o qual o autor não se mostrou indiferente e que perpassa toda obra, a saber, a discussão e a questão da antimodernidade enquanto fenômeno que é, antes de tudo, fruto irresignado da modernidade que denuncia. Uma obra que possui a ímpar qualidade de conciliar concisão e erudição num texto fluido e esclarecedor.

Thiago Moreira - Doutor em Ciências da Religião e autor de Abraham Kuyper e as bases para uma teologia pública (2020)

Não leio muito, mas também não leio pouco. Leio o suficiente. Pois prefiro ler livros que me façam pensar e, ao mesmo tempo, elevem minha alma. Esse é o caso do livro do meu querido Fabrício Tavares que o leitor tem agora em mãos. Nesta obra ele retraça uma compreensão célebre de Antoine Compagnon que marca a literatura daqueles que são considerados antimodernos, anti-revolucionários e/ou reacionários (não misturemos os termos, isso o livro deixa bem claro). Além disso, o autor dá continuidade a obra de Compagnon trazendo novos personagens para enriquecer essa trama entretecida pelo pensamento e cultura. Para o leitor brasileiro esse livro se apresenta como uma peça chave nesse grande quebra-cabeça que vivemos atualmente no qual posições ideológicas são misturadas com o menor escrúpulo. É uma honra para mim recomendar essa leitura, pois não se trata de uma simples transferência de conhecimento, mas um percurso que nos ajuda a como pensar bem. Algo tão necessário hoje para que possamos suportar as histerias cotidianas de um mundo pós/hiper-modernamente perdido.

André Luiz Geske - Pastor da Union Nationale des Eglises Protestantes Réformées Evangéliques de France na cidade de Marselha

Em 2005, o crítico literário francês Antoine Compagnon publicou uma obra seminal, chamada Os antimodernos: de Joseph de Maistre a Roland Barthes. Desde então, o estudo da Modernidade e dos seus adversários nunca mais foi o mesmo. Segundo a narrativa hegemônica, o mundo ocidental que nasce do Iluminismo e da Revolução Francesa é uma era de emancipação, um império da razão e da liberdade, de modo que seus críticos não passam de reacionários intolerantes, inconformados com o progresso. Mas Compagnon nos mostrou que não é assim, e que os antimodernos são autores fascinantes e perspicazes, com muito a nos ensinar ainda hoje. Com esta publicação de À sombra da modernidade, o brasileiro Fabrício Tavares de Moraes inscreve-se com maestria na trilha e nas pegadas do gigante francês. E isto não de uma forma passiva, como quem apenas repete ou explica análises já feitas. Ao contrário, se há uma característica que se destaca em Fabrício, esta é precisamente a sua autoria pessoal, a sua disposição permanente de oferecer novas luzes sobre novos autores, expandindo e aprofundando com originalidade a nossa compreensão dos antimodernos. A preciosa coleção de ensaios que o leitor tem em mãos é uma obra incontornável para todos que desejam refletir com profundidade sobre o nosso tempo e os seus dilemas.

Pedro Henrique dos Santos Ribeiro - Presidente do movimento político Comunhão Popular

Fabrício Tavares Moraes navega como ninguém no pensamento contemporâneo que parece por vezes esquecido. Faz-nos recordar e nos deleitar intelectualmente, a partir de um estilo leve e agradável, da profundidade e necessidade de autores que tocaram questões centrais do Ocidente moderno, como Georges Gusdorf, Eugen Rossentock-Huessy, Augusto Del Noce, dentre outros. Moraes brinda com reflexão arguta e atenta dos pontos principais de suas obras, desempenhando um papel fundamental no âmago de uma sociedade amnésica e desatenta.

Rodrigo Coppe - Historiador e Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da PUC Minas

O primeiro livro de Fabrício de Moraes confirma e expande as qualidades que ele já demonstrara como ensaísta: a clareza e o rigor. Em À sombra da modernidade, o autor transita entre temas espinhosos e desfaz, pacientemente, os nós de incompreensão que pairam sobre o fenômeno cultural, social e espiritual dos “antimodernos”. Sem medo de dialogar com os problemas universais, Fabrício de Moraes presenteia o público brasileiro com uma obra digna de figurar no cânone sobre o tema.

Alexandre Sugamosto e Silva - Mestre em Ciências da Religião, autor de Cárcere e organizador das obras Religião, política e espaço, com o professor Wellington Teodoro, e Já raiou a liberdade.


Sobre o autor
Fabrício Tavares de Moraes é Doutor em Literatura (UFJF/Queen Mary University London) e Professor Adjunto da UFMA. É também tradutor e editor assistente da Editora Monergismo. Autor do livro À Sombra da Modernidade: ensaio sobre os antimodernos.

Newsletter

Inscrito!

Obrigado por se inscrever em nossa newsletter.

Seguir